Itaú supera Petrobras e se torna a empresa com maior valor de mercado da bolsa brasileira

Foto: Itaú/Divulgação

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O Itaú Unibanco (ITUB4) conquistou nesta terça-feira um marco histórico: tornou-se a empresa de maior valor de mercado na B3, desbancando a Petrobras. Este feito acontece após um consistente movimento de valorização que reflete não apenas o momento do banco, mas uma transição no perfil de investimentos no mercado brasileiro.

Com valor de mercado de R$ 401,9 bilhões, frente aos R$ 396,5 bilhões da petroleira, o Itaú consolida uma trajetória ascendente que acumula mais de 40% de valorização desde dezembro de 2024. O movimento foi coroado com a ação preferencial (ITUB4) batendo seu recorde intradiário histórico a R$ 40,17, horas antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre.

Os motores por trás da valorização

Enquanto o fim de ano parece promissor para o Itaú, com possibilidade de lucro recorde, a Petrobras enfrenta ventos contrários: após atingir pico de R$ 526 bilhões em fevereiro, a estatal perdeu mais de R$ 120 bilhões em valor de mercado, pressionada pela volatilidade nos preços do petróleo e incertezas sobre sua política de dividendos.

Mudança estrutural no topo da bolsa

Esta é a primeira vez desde 2020 que o Itaú assume de forma consistente a liderança isolada no ranking de valor de mercado… E o movimento não é isolado. Na semana passada, o Nubank, listado em Nova York, também havia ultrapassado a Petrobras, reforçando uma tendência de migração de valor para o setor financeiro.

Especialistas enxergam no fenômeno um sinal de maturidade do mercado acionário brasileiro, que passa a valorizar mais consistência de resultados e eficiência operacional do que a exposição a commodities voláteis.

Novo ranking de valor

Completam o top 5 das empresas mais valiosas da B3 em outubro:

  1. Itaú Unibanco – R$ 401,9 bi
  2. Petrobras – R$ 396,5 bi
  3. Vale – R$ 278,6 bi
  4. BTG Pactual – R$ 248,9 bi
  5. Ambev – R$ 198,2 bi

O que esperar do futuro?

Enquanto o Itaú colhe os frutos de sua transformação digital e da retomada gradual do crédito, a Petrobras navega em águas turbulentas, dependente de fatores externos e da definição de sua estratégia de dividendos. Para investidores, a mensagem é clara: a valorização consistente supera os ciclos voláteis do mercado.


A bolsa brasileira pode estar escrevendo um novo capítulo, onde eficiência e inovação valem mais que commodities.

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