Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Banco Central deve anunciar nesta quarta-feira (5) a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano. Será a terceira decisão consecutiva mantendo os juros no mesmo nível, com projeções de mercado indicando o início de um ciclo de cortes apenas a partir de janeiro de 2026.
Por que o BC mantém os juros tão altos?
A decisão reflete a estratégia de contenção da inflação, que segue acima da meta central de 3%. Embora o IPCA mostre desaceleração leve, com projeção de 4,55% para 2025, o Banco Central atua com base em projeções futuras, mirando até o segundo trimestre de 2027.
Como explicam especialistas, o impacto total da Selic na economia pode levar de 6 a 18 meses e, por isso, o Comitê age de forma antecipada.
O que esperar do comunicado?
Além da manutenção da taxa, o tom do comunicado do Copom será decisivo para alinhar as expectativas do mercado. Com o Ibovespa batendo recordes sucessivos e o dólar em queda, qualquer sinal sobre o timing de futuros cortes poderá mover os ponteiros da bolsa e do câmbio.
Segundo o último boletim Focus, tornado público nesta segunda-feira (3) a Selic deve terminar 2025 em 15%, recuando para 12,25% em 2026 e 10,5% em 2027.
Efeito prático: crescimento mais lento como estratégia
O BC tem sido claro: uma desaceleração econômica faz parte do plano para domar a inflação, especialmente no setor de serviços. Com a economia operando acima de seu potencial, a alta dos juros busca resfriar demandas e aliviar pressões sobre os preços.





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